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Queer!? Que diabo é isso........

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  • Queer!? Que diabo é isso........

    07 DE JUNHO DE 2015, 17H56

    Teoria Queer, o que é isso?

    Tornou-se consideravelmente comum vermos ativistas, sobretudo transfeministas (como eu), falarem de Teoria Queer. Esses dias, fui interpelada por uma amiga que me perguntava: “Diabéisso de Teoria Queer?”. De fato, é uma forma de saber que a Universidade não tende a ensinar aos estudantes de graduação, e, apesar de existir muito material na internet sobre o […]


    Por Helena Vieira

    https://www.revistaforum.com.br/osen...-universidade/



    Tornou-se consideravelmente comum vermos ativistas, sobretudo transfeministas (como eu), falarem de Teoria Queer. Esses dias, fui interpelada por uma amiga que me perguntava: “Diabéisso de Teoria Queer?”. De fato, é uma forma de saber que a Universidade não tende a ensinar aos estudantes de graduação, e, apesar de existir muito material na internet sobre o assunto, é raro que paremos nossas vidas para procurar um texto que responda: O que é teoria Queer? Antes, contudo, é importante entendermos o que é “queer”. Que termo é esse?


    transbordando



    O nome: Queer

    Queer é uma palavra inglesa, usada por anglófonos há quase 400 anos. Na Inglaterra havia até uma “Queer Street”, onde viviam, em Londres, os vagabundos, os endividados, as prostitutas e todos os tipos de pervertidos e devassos que aquela sociedade poderia permitir. O termo ganhou o sentido de “viadinho, sapatão, mariconha, mari-macho” com a prisão de Oscar Wilde, o primeiro ilustre a ser chamado de “queer”.

    Desde então, o termo passou a ser usado como ofensa, tanto para homossexuais, quanto para travestis, transexuais e todas as pessoas que desviavam da norma cis-heterossexual. Queer era o termo para os “desviantes”. Não há em português um sinônimo claro, talvez, como propõe a professora Berenice Bento, possamos pensar o queer como “transviado”.


    Leigh Bowery - Ã*cone queer dos anos 70, modelo, estilita e performer.
    Leigh Bowery – ícone queer dos anos 70, modelo, estilita e performer.


    A Teoria Queer

    A Teoria Queer começa a se consolidar por volta dos anos 90, com a publicação do livro “Problemas de Gênero” (Gender Troube) da Judith Butler. Fruto de uma trajetória que ela já vinha acompanhando desde um seminário, que carregava o nome “queer”, feito nos anos 80, por Teresa de Lauretis. De Lauretis, foi a primeira a pensar em “Tecnologias de Gênero”, aqui entendidas como as técnicas de ser homem ou ser mulher que aprendemos desde cedo.

    Nos anos 70, as universidades americanas, são tomadas (ainda bem), por movimentos populares, e começam a criar os chamados “Estudos Culturais” como forma de dar conta da compreensão do crescente Movimento Negro – marcadamente os Panteras Negras – e para dar conta de outros movimentos como o “Free Speech” (Liberdade de Expressão), e do movimento feminista – com a criação dos Women Studies. Assim como outros movimentos, como os movimentos gay e lésbicos. Antes de prosseguir sobre “O que é a Teoria Queer”? Acho importante fazer uma pausa para historicizar o conceito de “Gênero” , pois a Teoria Queer é sobre tudo aquilo que escapa a nossas formulações habituais. Às formulações do senso comum.

    Primeira pessoa no mundo a conseguir registro civil como gênero neutro. Nem homem e nem mulher. Isso ocorreu na Austrália e seu nome é Norrie.
    Primeira pessoa no mundo a conseguir registro civil como gênero neutro. Nem homem e nem mulher. Isso ocorreu na Austrália e seu nome é Norrie.


    Gênero

    Não é possível falar em Teoria Queer sem pensarmos na categoria de “Gênero” como sendo algo fluido, socialmente construído, performado e sistêmico. Parafraseando Teresa de Lauretis: um sistema sexo-semiótico, de interpretação dos dados biológicos como produtores de diferenças, que não são per si, mas produtos da interpretação arbitrária dos “marcadores biológicos”. Existem, ainda segundo a autora “Tecnologias de Gênero”, ou seja, construção de técnicas de viver que determinam como um sujeito pode se inserir na sociedade segundo normas específicas de “ser homem” ou “ser mulher”.

    Gênero é um conceito que surge fora da gramática e da linguística, aproximadamente nos anos 1950, quando o Dr. John Money, da Universidade John Hopkins, o utiliza no estudo da redesignação sexual de pessoas intersexuais. Neste caso, John se pergunta: Se estas pessoas nasceram com genitália ambígua, como é possível que o genital seja fator decisivo na constituição do gênero? Não pode ser. Então, utiliza-se de tal conceito, para designar o resultado de seu tratamento de “reorientação do gênero” das pessoas intersexo. No entanto, o modelo de compreensão do Gênero proposto por ele se mostrou falho, e hoje existem movimentos e demandas de pessoas intersexo para que elas tenham autonomia na decisão do gênero ao qual se identificam, e não fiquem a mercê de uma decisão médico-familiar. Entretanto, não podemos desconsiderar que John Money avançou no descolamento do gênero e do genital. Uma relação direta e não arbitrária, para compreendê-los, como distintos , possibilitando, apesar de seus erros, desdobramentos teóricos importantes.

    Paralelamente aos estudos de John Money, começaram a surgir, dentro das universidades, demandas para que existam estudos e disciplinas, até então consideradas não acadêmicas, como os estudos negros, latinos, feministas,… Demandas que surgem, não no seio das universidades, mas a partir de vários movimentos sociais nos EUA. Dando origem, assim, aos estudos culturais, negros, e ao campo conhecido como Women Studies. É no âmbito dos “Estudos das Mulheres” que o conceito de Gênero passa a figurar de forma semelhante (cof) ao que conhecemos hoje.

    A partir da afirmação já famosa de Simone de Beauvoir em seu livro “O Segundo Sexo” – ” Não se nasce mulher, se chega a sê-lo” – que inicio um parênteses. Essa afirmação de Simone, não é uma afirmação diretamente sobre “Gênero”, mas sobre a mulher, que para Beauvoir, não era compreendida como um “outro”, mas como uma subalternidade que só podia se constituir em relação ao sujeito “homem”, em sua dependência. O devir mulher, não poderia, na ótica de Beauvoir, caber em um entendimento do “devir homem”, de modo que, os primeiros estudos feministas, nos trazem uma ótica ainda essencialista de “diferença de gênero”, diferença essa que continua a se constituir a partir de novas interpretações dos dados biológicos.

    Os Estudos Feministas, até então, se centravam em um determinado sujeito, em uma determinada mulher, até que surgem, com Angela Davis, e outras feministas negras, latinas, operárias, lésbicas (com grande enfoque no “continuum lésbico” de Monique Wittig, em seu livro “O pensamento heterossexual”), a crítica a este sujeito do “feminismo clássico”, ou seja, a crítica a um feminismo que havia se mostrado branco, de classe média, acadêmico e elitista. Ainda neste período surgem também, os “Estudos de Gênero” que constroem uma crítica ao feminismo, ao pensar as “masculinidades”, aliadas aos estudos Gays e Lésbicos, oriundos das demandas sociais que surgiram após a Revolta de Stonewall.

    É neste momento que “Gênero” passa a ser concebido em sua fluidez e a afirmação de Simone de Beauvoir é ampliada, a partir de um questionamento simples: “Se existe um devir mulher, porque não poderia existir um ‘devir gênero’?”. Entretanto, apesar deste questionamento, os estudos e movimentos gays e lésbicos se tornaramm higienizados, defendendo um corpo gay desejável, belo, e sobretudo, heteronormativo. É criado, como diria Guacira Lopes Louro em seu texto “Teoria Queer- Uma política pós-identitária para a educação”, uma identidade gay “positiva”, e, obviamente, essa identidade positiva, subentende a construção de uma identidade “negativa”, geralmente associada ao gay afeminado, à travesti, e às lésbicas masculinizadas e homens trans.

    Neste momento ainda não havia uma distinção teórica clara entre Identidade de Gênero e Sexualidade, tal distinção se produz apenas com o trabalho teórico da antropóloga feminista Gayle Rubin, em seu artigo “The Traffic in Women: Notes on the ‘Political Economy’ of Sex”. Artigo no qual ela afirma ser necessário pensar como categorias radicalmente ********* a sexualidade e o gênero, mesmo que, em determinados momentos, como posteriormente nos mostra Judith Butler (em seu livro, “Gender Trouble”), tais categorias se amparem em sustentação mútua da cis-heteronorma.

    judith_butler_teoria_queer_seminario_sao_paulo
    Autora de Gender Trouble e uma das ” mães” da Teoria Queer

    É neste contexto da higienização das identidades “gays e lésbicas” e do questionamento da identidade do “ser mulher” e do ” ser homem” que surge um movimento pautado nas diferenças, portanto não-assimilacionista, como ferramenta de crítica. Tal movimento é teórico e também social, a “Teoria Queer”, termo agora ressignificado como forma de empoderamento. É neste momento, a partir de uma associação teórica com os estudos pós-estruturalistas de Deleuze, Derrida e Foucault, que se começa a pensar o próprio Gênero como “ficção política encarnada”, termo cunhado por Paul. B. Preciado em palestra dada no “Hay Festival”, em Cartagena.

    No bojo destas discussões surge também a reflexão sobre a travestilidade e a transexualidade como experiências de gênero – a transfeminilidade como uma forma de mulheridade. Essa compreensão é importante, quando nos deparamos com discursos essencializadores do ser mulher. Judith Butler, em seu livro “Gender Trouble”, inicia com um questionamento que considero vital: “Quem é o sujeito do feminismo?”, ” É possível, pensar de forma categórica e universalizante em ‘mulher’?”. A resposta, obviamente é “não”, é possível pensar em “mulheres”, em “mulheridades”, em vivências femininas, mas não é possível universalizá-las na produção de um conceito identitário imutável.

    É neste sentido que a vivência das mulheres trans, das travestis e das pessoas não-binárias que se identificam com a feminilidade podem ser compreendidas como vivências femininas, e que devem ser respeitadas como tal. Obviamente, há diferenças na vivência de uma mulher cisgênero e de uma mulher trans. Disso não há dúvidas, entretanto, ambas possuem vivências de suas feminilidades, das opressões diárias, dos enfrentamentos a partir de uma perspectiva do feminimismo.


    Afinal, o que é a Teoria Queer?

    É importante notar que a Teoria Queer não propõe um modelo “queer” de mundo. O queer é justamente o estranho. É aquele que se narra ou é narrado fora das normas. A Teoria Queer propõe o questionamento às epistemes (pressupostos de saber), ao que entendemos como verdade, às noções de uma essência do masculino, de uma essência do feminino, de uma essência do desejo. Para a Teoria Queer é preciso olhar para esses conceitos e tentar perceber que não se tratam, de forma alguma de uma essência, ou mesmo, que não há uma ontologia do todo, mas, no máximo, uma relação de mediação cultural dos marcadores biológicos.,

    A teoria queer, como diria meu querido Paul Preciado, é uma teoria de empoderamento dos corpos subalternos, e não o empoderamento assimilacionista. O empoderamento que nos faz fortes em nossas margens e ocupar os espaços com nossos corpos transviados.


    A Teoria Queer e o Brasil

    Queer não é um termo inteligível no Brasil. As pessoas não se descrevem como queer por aqui. Ao menos, não as pessoas que não tem acesso a essa teoria. Mas no Brasil, os mesmos processos de normatização e subalternização dos corpos estão presentes. Aqui não há o queer, mas há “o traveco”. Não há o queer, mas há “o viadinho”. Não falam queer, mas falam “a sapatona”. Acredito, que a Teoria Queer, possa nos ajudar a construir uma teoria transviada nossa. Que empodere nossos corpos subalternos.

    Como bem ressalta a transfeminista Daniela Andrade, os termos “transviada ou transviado” não englobam pessoas trans, pois supõe uma mistura, até conceitual de identidade de gênero e sexualidade, coisa que nós, homens trans, mulheres trans, travestis e pessoas trans de uma forma geral, temos lutado imensamente pra distinguir uma da outra.


    A tensão Teoria Queer e Identidades Não binárias

    É fato que ninguém é transexual simplesmente por ter “aprendido com a Teoria Queer” ou qualquer outra teoria. Muito antes dessas teorias já existiam as pessoas trans. Eu escrevo desde um lugar muito específico: travesti, gorda, pobre, acadêmica e não binária. A Teoria Queer enfatiza que o gênero não é uma verdade biológica, mas um sistema de captura social das subjetividades. Isso significa que não somos nada ontologicamente? Não. Significa que existe uma percepção, por vezes disruptiva, entre como me sinto e como a norma diz que devo me sentir.

    A percepção subjetiva que tenho de mim, é minha e não cabe a nenhuma teoria definí-la. Entretanto, a enunciação disso, ou seja, a capacidade de dizer, enquanto ato de fala (como nos diz Austin), e performance, passa pelo conhecer.

    Eu nasci e cresci na periferia de São Paulo, e agora vivo na periferia de Caucaia, no Ceará. Na periferia, não existem, aos olhos da norma, pessoas não binárias. Eu mesma, ao longo de toda a minha vida nunca me percebi como homem, nem como mulher. Eu era “o gayzinho” e “o viadinho”, depois que descobri a transgeneridade é que percebi que eu podia enunciar o que sou: sou travesti não reivindico ser mulher, não reivindico ser homem, mas essa é uma posição minha. Eu reivindico sim a feminilidade.

    A tensão reside quando alguns ativistas querem negar tudo que é acadêmico. Não é possível fazer isso! As pessoas trans, precisam adentrar a academia, que é uma instituição produtora de conhecimentos lidos como verdade, e narrar suas próprias vivências. É necessário ocuparmos os espaços que sempre nos foram historicamente negados. A academia é instrumento. Assim como o saber o é. A primeira travesti brasileira a obter o título de doutora foi minha muito amiga Luma Nogueira de Andrade. Ela sempre frisou que o caminho dela para a emancipação estava na educação, no acesso ao saber e ao conhecimento.

    As identidades não binárias como a minha e muitas outras são de difícil intelecção pra quem não é da academia. Isso porque não há trabalhos acadêmicos sobre o tema, e porque não há critérios visuais de identificação do “não binário”, e sabemos que, para o olhar da norma, a leitura, ou seja, a capacidade de intelecção, é vital para o processo de taxonomização. Ano que vem sairá um artigo meu, em uma revista americana sobre o universo “não binário”. Mas devemos lembrar que é importante reconhecer que a academia e a Teoria Queer são ferramentas que podemos usar para materializar o discurso sobre nossas identidades.

    Austin dizia que falar é fazer. Que a linguagem e os atos de fala, tornam as coisas reais no mundo porque constrangem seu entorno. A academia, marcadamente a Teoria Queer e a desconstrução de Derrida trouxeram a ideia dos binários e dos não binários a serem rompidos e desconstruídos. Por que, então, não usar as ferramentas e construir um saber que emerge das nossas vivências?

    Paulo Freire sempre dizia, que o saber popular precisa manter com o saber acadêmico uma relação de mão dupla, dialógica. A teoria não constrói nossa identidade, mas nos ajuda a enunciá-la e as vezes, a afirmá-la politicamente. É errado, portanto, exigir de travestis e pessoas trans que aceitem a teoria queer. Ou que saibam dela. Principalmente quando muitas, a maioria de nós na verdade, está fora da escola e da universidade. Enquanto nos prostituimos, não temos tempo pra pensar o “pronome” mais apropriado a ser usado. Mas isso não implica na negação de todo e qualquer saber acadêmico. É preciso conciliar as vivências com a academia, e na fusão delas, produzir um pensar e uma política identitária marcadamente brasileira.


    Um apelo final

    Precisamos imensamente construir um saber nosso, um saber dos corpos subalternizados brasileiros. Não somos os mesmos corpos norte-americanos. Somos corpos com nossas próprias marcas e precisamos, a partir delas, constituir uma teoria que nos empodere para, a partir daí, podermos começar a pensar numa política das identidades. Há de se convir que o termo “queer” está na moda. Muitos se narram como queer, porém, é uma pós-modernidade que sai com água, e cujo emprego sugere privilégios. Queer não é arrasar na balada. É uma narrativa de si, uma narrativa constante.

    É comum muitas pessoas rejeitarem o termo queer dizendo que “isso é academicismo”. Ora, tudo bem, mas enquanto as pessoas trans não lutarem por si e pelas suas companheiras, não seremos capaz de produzir um saber formal a partir de nossas vivências. Um saber próprio para a experiência brasileira da não conformidade as normas de gênero. Contudo, a simples negação do termo nos conduz ao risco do colonialismo. De deixarmos espaço para que nossas identidades sejam vistas apenas com o olhar colonizador de um termo e teoria estrangeiros. Por esse motivo, se faz necessário que levemos esse debate para além da academia e dar voz às diferentes maneiras com que pessoas trangêneros brasileiras narram suas histórias.
    Last edited by JACKBOY; 05-07-2018, 13:31.

  • #2

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    • #3
      Parei no "transfeministas". Se eu jah odeio GG feminista, imagina TG.

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      • #4
        Postado originalmente por Luiz Pareto Ver Post
        Parei no "transfeministas". Se eu jah odeio GG feminista, imagina TG.
        Agradecendo o comentário (Eu tiro o chapéu para o confrade Luiz Pareto pela franqueza de seu comentário) e com todo o respeito ao confrade real/virtual Luiz Pareto sobre a Teoria Queer (assunto do tópico) e o vasto mundo das emoções: que ódio é esse? Não seria raiva! Lembrando sempre que o ódio é mais profundo que a raiva! E também que os dois traços reativos fazem parte da condição humana! Na minha modesta opinião, o que nutre o ódio entre o eu e o outro em sociedade é justamente uma outra palavra: diferença! Temos que saber conviver e ter consciência das diferenças! Ou pelo menos respeitá-las! Grosso modo, a pergunta principal seria: o que há de diferente, aquilo que incomoda, nas relações sociais, que perturba as pessoas? Seria o direito que elas têm de serem diferentes? Ou. poderíamos raciocinar também em torno daquilo que aprendemos, aquilo que nos foi ensinado? Tudo faz parte do pacote, perpassando pelas instituições, comunidades, etc.! Eu acho legal refletir sobre isso! Creio que um dos caminhos possíveis para a convivência Democrática entre as diferenças resvala nas noções de Igualdade e Liberdade! E por fim, numa regra básica que vale para todos do mundo civilizado: Justiça! Um dos traços marcantes das Contemporaneidades significa aceitar a diversidade em todas as áreas! E cada vez mais o mundo se pluraliza; temos tribos e mais tribos, cada qual pedindo/exigindo seus direitos para sobreviverem..... Creio que é por aí..... Claro, sempre dentro de um mundo de deveres: sem o dever não existiria o direito..... Jack Boy, BH, MG.....

        Last edited by JACKBOY; 20-07-2018, 22:11.

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        • #5
          Jackboy, o feminismo vai contra minhas crencas e conviccoes. Sou goreano. Sigo a filosofia descrita por John Norman nos livros da Gorean Saga. Me converti ao "goreanismo" (palavra que acabei de inventar) ha cerca de 5 anos e hoje meu relacionamento eh pautado pelos mesmos fundamentos. Minha namorada tambem eh goreana e temos uma relacao muito feliz assim. Considero o feminismo algo antinatural,. Acredito que homens e mulheres (ou trans) sao diferentes, mas nao em uma relacao de inferioridade/superioridade,e sim de interdependencia.

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          • #6
            Postado originalmente por Luiz Pareto Ver Post
            Jackboy, o feminismo vai contra minhas crencas e conviccoes. Sou goreano. Sigo a filosofia descrita por John Norman nos livros da Gorean Saga. Me converti ao "goreanismo" (palavra que acabei de inventar) ha cerca de 5 anos e hoje meu relacionamento eh pautado pelos mesmos fundamentos. Minha namorada tambem eh goreana e temos uma relacao muito feliz assim. Considero o feminismo algo antinatural,. Acredito que homens e mulheres (ou trans) sao diferentes, mas nao em uma relacao de inferioridade/superioridade,e sim de interdependencia.
            Confrade Luiz Pareto: respeito a sua opinião, mas o meu pensamento é inverso ao seu! Não curto discriminação: seja contra T-Gata, travestis, trans, mulheres, homossexuais, lésbicas, etc..... Sou pela diferença e multiculturalismo.... Sou pelo direitos das Trans, Mulheres, etc..... Sou contra também qualquer tipo de discriminação sexual, racial, religiosa, étnica, política, em relação aos idosos, crianças, adolescentes, etc.... No mundo contemporâneo tem lugar para todo mundo..... Sou pela Democracia e contra qualquer tipo de Ditadura.... Não conheço o pensamento/filosofia de John Norman! Não conheço a fundamentação teórica/real dos livros do autor.... Jack Boy, BH, MG.....

            PS - Para quem quer conhecer um pouco mais sobre o Multiculturalismo:

            Sexta-feira, 15 de março de 2013

            O Multiculturalismo

            http://entrementes12c.blogspot.com/2...turalismo.html



            O multiculturalismo pode ser definido como, a diversidade étnica e racial ou de novas identidades políticas e culturais. Desta forma o multiculturismo é a existência de uma grande diversidade de culturas numa localidade, cidade ou país. Na grande maioria dos acontecimentos não há o predomínio de uma raça ou cultura mas sim uma igualdade a nível do número de pessoas procedentes dos diferentes e mais longínquos lugares do mundo.

            O multiculturalismo é o princípio que sustenta a necessidade de se ir mais á além nas atitudes de tolerância entre as diferentes culturas no mesmo território ou nação.
            A ideia de multiculturalismo, está associada a outros fenômenos contemporâneos, como por exemplo, o pós-modernismo e o relativismo cultural. Não há, entretanto, unanimidade entre os meditativos desse tema sobre a sua definição. São basicamente dois os conceitos distintos mais utilizados no multiculturalismo, uns afirmando que “todas as culturas dentro de uma mesma nação têm o direito de existir mesmo que não haja um fio condutor que as una”, e outos definem como “uma diversidade cultural coexistindo dentro de uma nação em que há um elo cultural comum que mantenha a sociedade unida”.
            No entanto, o ser humano sempre foi migrante e muitas das sociedades desenvolvidas atuais resultam dos processos históricos que envolvem o encontro e a convivência de diferentes povos. Por isso, a aceitação e a gestão da multiculturalidade nas sociedades atuais tornam-se fundamentais para a coabitação pacífica dos vários grupos étnicos, sendo ate enriquecedor para todos.

            Last edited by JACKBOY; 24-07-2018, 23:00.

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            • #7
              Também odeio feministas, só pelo motivo que hoje em dia elas não lutam pelos direitos das mulheres e sim para ser melhores do que os homens.

              Agora não dá para acreditar um mundo com transfeministas kkkkk pra mim é piada, eu já vi até trans sapatão ou nem sei o que charmar aquela porcaria, uma trans namorando uma mulher eu não sei se o nome é transsapatão ou translesbica kkkkkk, mais feministas é piada, era só o que me faltava hahahaha
              Last edited by podolouco; 30-07-2018, 08:42.

              Comment


              • #8
                Postado originalmente por podolouco Ver Post
                Também odeio feministas, só pelo motivo que hoje em dia elas não lutam pelos direitos das mulheres e sim para ser melhores do que os homens.

                Agora não dá para acreditar um mundo com transfeministas kkkkk pra mim é piada, eu já vi até trans sapatão ou nem sei o que charmar aquela porcaria, uma trans namorando uma mulher eu não sei se o nome é transsapatão ou translesbica kkkkkk, mais feministas é piada, era só o que me faltava hahahaha
                O confrade tem todo o direito de fazer as suas escolhas! A palavra ódio (Muito usada no senso comum!) tem vários sentidos: um deles pode revelar preconceito, estigmatização e falta de conhecimento! Conheço várias mulheres feministas na vida real que são conscientes, preparadas, estudadas e até professoras universitárias: que fazem questão de dizer em seus discursos que a batalha e a luta são por igualdade de direitos e oportunidades! Sem falar na violência imposta por certa parcela de machistas! Na realidade pelo que observo no FT: falta leitura e discernimento de vários confrades para tratar da temática feminista! Tratar feminismo como piada é desconhecer toda a história da luta feminista.... Jack Boy, BH, MG.....

                O que é feminismo?

                por Me Explica? Publicado 09/11/2015 14h10, última modificação 09/11/2015 14h14 Entenda mais sobre o movimento, que tem entre suas expoentes a filósofa Simone de Beauvoir, citada no Enem 2015


                O que é feminismo?

                Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX.


                Feminismo não é o contrário de machismo?

                Não. Enquanto o feminismo busca construir condições de igualdade entre os gêneros, o machismo é o comportamento que coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher.

                (...)

                Feministas são a favor do aborto?

                Como dito acima, feministas são a favor da escolha da mulher. Elas não querem que o Estado crie leis para determinar como elas devem agir com relação ao próprio corpo. Isso quer dizer que elas rejeitam a ideia de que o Estado deva proibir o aborto por lei, mas permitir que, em caso de gravidez indesejada, a mulher possa escolher livremente se deseja ou não interromper a gravidez, oferecendo a ela a assistência de saúde necessária para que possa fazer isto em segurança, sem comprometer a própria saúde.


                https://www.cartacapital.com.br/soci...ismo-2198.html


                Last edited by JACKBOY; 31-07-2018, 02:13.

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                • #9
                  Jackboy, vamos dizer entao que eu odeio o feminismo como um movimento, mas ateh daria umas pirocadas em algumas feministas gostosas. Principlamente se fosse em um menage a trois. Aguem enfia uma piroca na boca dela para que nao fale merda durante o ato.

                  Comment


                  • #10
                    Redação Pragmatismo Político Editor(a) MULHERES VIOLADAS 13/SEP/2012 ÀS 16:50

                    https://www.pragmatismopolitico.com....irritacao.html

                    Os homens que odeiam as mulheres feministas: de onde vem tanta irritação?

                    Conviver com a liberdade das mulheres requer personalidades menos controladoras, gente mais segura e confiante, homens dispostos a colaborar em relativa igualdade. Quantos caras você conhece que cabem nessa definição?

                    feministas feminismo preconceito brasil
                    No Brasil, o feminismo atravessou diferentes fases e dilemas. Foto: BREscola


                    Noto que virou moda na imprensa brasileira falar mal das mulheres independentes. Qualquer um que deseje cinco minutos de fama desce o cacete no “feminismo”, entendido como a atitude auto-suficiente das mulheres em relação aos homens. No jornal que eu assino, houve na última semana dois artigos esculhambando mulheres que trabalham e não parecem interessadas em homens.

                    Além do esforço deliberado para causar indignação – que virou praga no jornalismo brasileiro – acho que existe por trás dessas bobagens um verdadeiro sentimento reacionário.

                    Muitos homens gostariam de voltar ao período em que todos os empregos e todas as prerrogativas pertenciam a eles. Muitas mulheres estão cansadas – ou assustadas com a perspectiva – de trabalhar duro pelo resto da vida, acumulando funções de mãe, dona de casa e funcionária exemplar. Em meio a eles, milhões estão inseguros sobre o seu ponto de vista ou sua situação social.

                    Minha impressão é que começamos a viver um tempo de nostalgia, alimentado pela sensação de que a relações entre homens e mulheres nunca mais serão como antes. Tem gente morrendo de medo de ficar obsoleto.

                    Não é por acaso que os textos de ataque às feministas sempre arrumam um jeito de ironizar as mulheres que “vivem sem homem”. Os autores dizem que a independência afetiva das mulheres não passa de embromação. Sugerem que todas elas gostariam de ter um macho forte e provedor que as levasse pelo braço. “É genético!”, garantem. Na falta de um homem de verdade, cercadas de moleques incapazes de assumir seu lugar histórico, as solitárias inventariam fantasias de auto-suficiência.

                    Eu, francamente, não sei de onde vem tanta bile. Qual é o problema das mulheres dizerem que são independentes e que vivem na boa sem um cara que conserte a pia? Em muitos casos é a pura verdade. Entre ter um casamento de merda e ir ao cinema sozinhas, escolhem a segunda opção – mas tem gente que se ofende com isso. Os cáusticos talvez achem que a mulherada deveria aguentar qualquer marmanjo. Ou então ficar chorando pelos cantos quando o impiastro fosse embora, em vez de erguer a cabeça e tocar a vida, orgulhosas. As mulheres parecem que discordam. Qual o problema?

                    Isso significa o fim das relações estáveis entre homem e mulher? Não! Nunca ouvi qualquer mulher heterossexual dizer que não queria mais homens. Algumas não querem casar ou morar junto, mas isso é 100% diferente de recusar uma relação afetiva. Outras dizem preferir ficar sozinhas a estar com homens que não amam. Parece sensato. Há muitas solteiras e divorciadas no mundo em que eu vivo, mas isso pode ser apenas inevitável. Não anda fácil arrumar parceiros estáveis, de qualquer sexo. Enfim, vejo mulheres sozinhas, mas nenhum movimento que dispense ou hostilize a presença masculina.

                    Por que, então, tantos homens se sentem ameaçados?

                    Não sei. Mas a minha impressão é que viver nesse mundo de mulheres auto-suficientes está se tornando complicado. Se a mulher não precisa mais do nosso dinheiro para sobreviver, pode ir embora a qualquer momento. Isso é muito inquietante. Dentro de casa, elas passaram a exigir que o sujeito saia do sofá e colabore na hora de fazer comida e de cuidar dos filhos. “Um saco“.

                    Por trabalhar, as mulheres estão em contato diário com outros homens, potenciais concorrentes. Há que ter nervos para lidar com isso. Antes, uma mulher que trocasse de parceiros depois do casamento era punida com uma bruta censura social, senão com violência pura e simples. Agora, as mulheres fazem a troca sem que os parceiros possam objetar uma vírgula.

                    Enfim, o nível de controle masculino sobre o que as mulheres vestem, falam ou fazem caiu espetacularmente. Elas estão livres inclusive para repetir nossos comportamentos mais destrutivos e egoístas, e muitas vezes o fazem. Conviver com isso requer personalidades menos controladoras, gente mais segura e confiante, homens dispostos a colaborar em relativa igualdade. Quantos caras você conhece que cabem nessa definição? Poucos – e não adianta procurar entre os que odeiam as feministas…

                    Por Ivan Martins, Época
                    Last edited by JACKBOY; 31-07-2018, 21:18.

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                    • #11
                      DIVERSIDADE

                      Como é o Pajubá ao redor do mundo?


                      BY ALIGAGAY ON 28/06/2017





                      Hoje, dia 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), em comemoração à data, o aplicativo de idiomas Babbelpesquisou a linguagem LGBT em diferentes países para descobrir se o pajubá (expressões usadas pela comunidade queer) é exclusivo do Brasil. A Babbel descobriu que, no mundo todo, queers desenvolveram formas de se comunicar sem que pessoas “de fora” compreendessem. Em inglês, essa linguagem chama-se argot queer.

                      Quando um grupo não tem liberdade de falar sobre sua identidade e suas formas de afeto, muitas vezes é preciso inventar uma língua “alternativa” para se comunicar. O interessante é que isso não se restringe somente a círculos de amizades. Soltar uma ou outra palavra do argot durante uma conversa com pessoas desconhecidas e ver como elas reagem pode ser uma forma sutil de descobrir se elas também “são entendidas” – o que pode ser o início de uma amizade ou até mesmo de um romance.

                      Brasil: pajubá

                      O argot queer brasileiro é chamado pajubá, ou bajubá, e é falado em praticamente todo o país, com poucas variações regionais. A linguagem incorpora muitos elementos das línguas iorubá, uma vez que as religiões afro-brasileiras são relativamente abertas à homossexualidade.

                      Algumas dessas palavras são conhecidas por grande parte dos brasileiros, como erê, que significa criança. Já aqué(dinheiro) e alibã (policial) são menos conhecidas, outra característica é o uso de nomes femininos. Dar a Elsa, por exemplo, significa roubar. Geralmente, esses nomes são inspirados em atrizes de novelas, cantoras e famosas.

                      Algumas expressões do pajubá têm se tornado cada vez mais conhecidas fora da comunidade gay devido ao seu uso na mídia. Há, inclusive, um dicionário do pajubá: Aurélia, uma brincadeira com o nome do famoso dicionário Aurélio.

                      Turquia: lubunca

                      Assim como o pajubá, o lubuncaargot queer falado na Turquia – também tem se difundido cada vez mais fora da comunidade gay. Esse argot se baseia em muitas línguas minoritárias faladas no país, como o grego, o curdo e o búlgaro. Contudo, a maioria das palavras vem do romani, idioma falado por uma das comunidades mais marginalizadas dentro e fora da Turquia, os roma (ciganos). A influência dessa língua se explica pela experiência de marginalização comum aos dois grupos.

                      África do Sul: gayle e isiNgqumo

                      Os argots queer não são muito diferentes da língua do país onde são falados. O que acontece, então, em países onde há várias línguas oficiais? Um ótimo exemplo é a África do Sul que. Além de ter sido o primeiro país africano – e um dos primeiros do mundo – a legalizar o casamento homossexual, possui nada menos do que 11 línguas oficiais. Contudo, lá não existem onze argots queer, mas dois, que são reflexo das divisões raciais históricas do país.

                      O gayle surgiu na década de 1950 e é falado sobretudo pelos brancos. Ele se baseia no inglês e no afrikaans e incorpora diversos termos vindos do polari britânico e gírias queer estadunidenses. O interessante do gayle, assim como o pajubá, é que a maioria das palavras é feminina. Monica, por exemplo, vem de money (dinheiro); Priscilla, de policeman (policial); e Jessica, de jewellery (joias). Já o termo gail, de onde o nome do argot deriva, significa bate-papo.

                      A comunidade negra sul-africana também possui seu argot próprio, o isiNgqumo, quesignifica decisões. O isiNgqumo é baseado em algumas línguas nguni, um grupo dentro das línguas bantu. Comparado ao gayle, porém, ele ainda não foi muito estudado e documentado. Essa diferença entre os dois argots sul-africanos reflete, assim, as tensões raciais presentes na história do país e que infelizmente se mostram mais fortes do que a experiência compartilhada pelos queers.

                      Indonésia: bahasa gay

                      Se na África do Sul há onze línguas oficiais e dois argots, como são as coisas na Indonésia, onde são faladas centenas de línguas? Por incrível que pareça, lá só existe um grande argot queer, chamado de bahasa gay. Uma das características é simplesmente adicionar -ong ao fim das palavras. Assim, banci, que significa “mulher trans”, se torna bancong. Uma outra maneira de formar palavras é adicionar -in- entre as sílabas. Banci, para continuar usando o mesmo exemplo, se torna Binancin.

                      Fonte: Babbel

                      http://aligagay.com.br/pajuba/
                      Last edited by JACKBOY; 09-01-2019, 21:27.

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