Pessoal, boa noite!
Vim compartilhar essa informação com vocês. Esse negócio me deixou muito puto! Sério!
Como pode ter gente babaca a esse ponto, né? E tem gente que ainda apoio da mais poder para militar...
Sei que não é algo recente. A violência policial contra trans data desde a ditadura militar. Ouvi uma entrevistas com duas trans daquela época e elas contam umas histórias bem tristes.
Queria fazer algo para proteger as meninas...
"NOTA DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DOS CORPOS TRAVESTIS NO BAIRRO SANTA BRANCA - BH
A ONG Transvest, nos últimos meses, tem recebido denúncias de travestis que alegam sofrer violências e perseguições cotidianas de alguns militares do Batalhão de operações policiais especiais (BOPE) nas ruas do bairro Santa Branca. Segundo as denúncias, tem se tornado rotineiro policiais desse agrupamento militar violarem direitos humanos em suas ações, jogando spray de pimenta e proferindo frases odiosas, sem nenhum motivo aparente, nas travestis que trabalham durante a noite na região.
Para ajudar na apuração dessas denuncias, tentamos na noite de terça-feira (10/04) participar de uma reunião com as travestis, com um promotor de justiça e com ativistas pelos direitos LGBT. Tal reunião foi convocada pela Pastoral pertencente à comunidade da Paróquia Santa Mônica. Mas infelizmente grupos reacionários e preconceituosos, em postura intolerante, expulsaram da Paróquia as travestis, a presidenta da ong Transvest e militante do PSOL (Duda Salabert), a ativista pelos direitos humanos e também militante do PSOL Juhlia Santos, o promotor de justiça e os demais participantes. Na porta da igreja, estavam duas viaturas da Polícia Militar, uma viatura do BOPE, inúmeros policiais e dezenas de moradores do bairro. Toda essa mobilização social pelo simples e aparente fato de haver uma reunião com as travestis que trabalham na região e que alegam violações de direitos fundamentais.
Repudiamos essa tentativa de silenciamento. Repudiamos, sobretudo, caso seja comprovado, a violência exagerada de alguns policiais contra os corpos travestis. Exigimos e cobramos investigações acerca dessas denúncias, as quais apontam para uma possível criminalização das identidades travestis. Essas denúncias descortinam comportamentos higienistas que tratam os corpos travestis como sujeiras sociais.
Nao podemos compactuar com a violência gratuita contra pessoas travestis. A rua é um espaço publico, logo as travestis tem todo direito de transitar pelas ruas de qualquer bairro. Lembramos também que prostituição não é crime no Brasil. As travestis que se prostituem no Bairro Santa Branca estão trabalhando honestamente. Cabe, assim, a Polícia respeitar e defender as travestis da mesma maneira que respeita e defende qualquer cidadão.
Temos urgentemente que combater a tradição higienista que busca excluir pessoas travestis dos espaços sociais.Tal tradição transformou o Brasil no país que mais assassina pessoas trans do planeta, fez com que expectativa de vida de uma travesti seja no país de 35 anos. É essa tradição higienista que exclui as travestis do mercado de trabalho formal e empurra 90% das mulheres transexuais e travestis para prostituição como forma única de sustento.
Parabenizamos a Pastoral social pertencente à comunidade da Paróquia Santa Mônica que convocou a reunião e que há dez anos faz importante trabalho fraterno e cristão com a população travesti que trabalha no entorno da igreja. Lamentamos o horror ocorrido na noite de terça. Lamentamos principalmente as denúncias sobre violência policial.
A Transvest, enquanto instituição que luta pelos direitos trans, exige que tal cenário de violência hiperbolizada seja investigado urgentemente".
Link: https://www.facebook.com/PSOLMinas/p...eply&ref=notif
Vim compartilhar essa informação com vocês. Esse negócio me deixou muito puto! Sério!
Como pode ter gente babaca a esse ponto, né? E tem gente que ainda apoio da mais poder para militar...
Sei que não é algo recente. A violência policial contra trans data desde a ditadura militar. Ouvi uma entrevistas com duas trans daquela época e elas contam umas histórias bem tristes.
Queria fazer algo para proteger as meninas...
"NOTA DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DOS CORPOS TRAVESTIS NO BAIRRO SANTA BRANCA - BH
A ONG Transvest, nos últimos meses, tem recebido denúncias de travestis que alegam sofrer violências e perseguições cotidianas de alguns militares do Batalhão de operações policiais especiais (BOPE) nas ruas do bairro Santa Branca. Segundo as denúncias, tem se tornado rotineiro policiais desse agrupamento militar violarem direitos humanos em suas ações, jogando spray de pimenta e proferindo frases odiosas, sem nenhum motivo aparente, nas travestis que trabalham durante a noite na região.
Para ajudar na apuração dessas denuncias, tentamos na noite de terça-feira (10/04) participar de uma reunião com as travestis, com um promotor de justiça e com ativistas pelos direitos LGBT. Tal reunião foi convocada pela Pastoral pertencente à comunidade da Paróquia Santa Mônica. Mas infelizmente grupos reacionários e preconceituosos, em postura intolerante, expulsaram da Paróquia as travestis, a presidenta da ong Transvest e militante do PSOL (Duda Salabert), a ativista pelos direitos humanos e também militante do PSOL Juhlia Santos, o promotor de justiça e os demais participantes. Na porta da igreja, estavam duas viaturas da Polícia Militar, uma viatura do BOPE, inúmeros policiais e dezenas de moradores do bairro. Toda essa mobilização social pelo simples e aparente fato de haver uma reunião com as travestis que trabalham na região e que alegam violações de direitos fundamentais.
Repudiamos essa tentativa de silenciamento. Repudiamos, sobretudo, caso seja comprovado, a violência exagerada de alguns policiais contra os corpos travestis. Exigimos e cobramos investigações acerca dessas denúncias, as quais apontam para uma possível criminalização das identidades travestis. Essas denúncias descortinam comportamentos higienistas que tratam os corpos travestis como sujeiras sociais.
Nao podemos compactuar com a violência gratuita contra pessoas travestis. A rua é um espaço publico, logo as travestis tem todo direito de transitar pelas ruas de qualquer bairro. Lembramos também que prostituição não é crime no Brasil. As travestis que se prostituem no Bairro Santa Branca estão trabalhando honestamente. Cabe, assim, a Polícia respeitar e defender as travestis da mesma maneira que respeita e defende qualquer cidadão.
Temos urgentemente que combater a tradição higienista que busca excluir pessoas travestis dos espaços sociais.Tal tradição transformou o Brasil no país que mais assassina pessoas trans do planeta, fez com que expectativa de vida de uma travesti seja no país de 35 anos. É essa tradição higienista que exclui as travestis do mercado de trabalho formal e empurra 90% das mulheres transexuais e travestis para prostituição como forma única de sustento.
Parabenizamos a Pastoral social pertencente à comunidade da Paróquia Santa Mônica que convocou a reunião e que há dez anos faz importante trabalho fraterno e cristão com a população travesti que trabalha no entorno da igreja. Lamentamos o horror ocorrido na noite de terça. Lamentamos principalmente as denúncias sobre violência policial.
A Transvest, enquanto instituição que luta pelos direitos trans, exige que tal cenário de violência hiperbolizada seja investigado urgentemente".
Link: https://www.facebook.com/PSOLMinas/p...eply&ref=notif
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