MARCHA: EM LUTO PELO DIREITO DE VIVER
DIA DA VISIBILIDADE TRAVESTI/TRANS
Dia 29 de janeiro, às 14h, com concentração na Praça 7, ocorrerá a primeira Marcha da Visibilidade Travesti/Trans em Belo Horizonte! A caminhada será silenciosa, em demonstração de luto pelas vítimas de assassinatos, torturas, agressões físicas, suicídios e todos os outros tipos de transfobia, física ou simbólica, que ocorrem diariamente no Brasil. Não podemos fechar os olhos para um problema tão sério, que nega os direitos mais básicos do indivíduo e estabelece uma sociedade dividida, com cidadãs e cidadãos de segunda classe.
Apenas em 2015, o Brasil registrou o assassinato de 123 pessoas travestis e trans, ganhando o triste primeiro lugar no ranking da Transgender Europe, ONG que faz levantamentos de violação dos direitos humanos às travestis e pessoas trans. O Brasil continua mantendo essa posição, já que de janeiro até junho de 2016 foram computados 166 assassinatos na comunidade das pessoas transgêneras. Esse resultado é o pior para um primeiro semestre desde que a contagem começou a ser realizada, em 2008. Desde o início do levantamento até março de 2014 foram computadas 600 mortes de travestis e trans. Não importa o período que se analise, os números evidenciam muito mais que assassinatos isolados, mas sim uma verdadeira cultura transfóbica, alicerçada em bases conservadoras e machistas.
Não é à toa que o tema da Marcha é Em luto pelo direito de viver. Um grito silencioso como o silêncio que é feito por grande parte da população em relação a esses crimes. Uma chamada para quebrar com essa cultura de violência que atinge a todas e todos. A violência perpetuada contra travestis e trans alimenta a violência contra outras pessoas da comunidade LGBT, que alimenta a violência contra as mulheres, que alimenta a violência contra a comunidade negra e que alimenta a violência contra a população pobre. É um ciclo vicioso que gera mais violência e marginalização e que só é visibilizado quando atinge uma pequena parcela privilegiada da população. Enquanto ignorarmos a violência que é gerada nesse ciclo todos serão atingidos, mas o impacto sempre será maior na comunidade que é sempre mais marginalizada, ou seja, as travestis e trans.
É um problema que atinge a todos nós e assassina centenas de travestis e trans todos os anos. Por isso o apoio e as manifestações de repúdio por parte de todos é bem vindo. Não somente as travestis e trans, mas as pessoas cis, sejam lésbicas, gays, bissexuais, assexuais ou héteros, devem e podem participar da Marcha da Visibilidade Travesti e Trans: Em luto pelo direito de viver.
No dia da Marcha vai acontecer um encontro para pintar e escrever os cartazes. Para confeccionar uma quantidade grande, a marcha precisa de mais cartolinas, tinta guaxe e canetões. Qualquer contribuição para a organização da marcha é válida.
Vamos todas, todes, todxs e todos transformar esta realidade e dar um basta na transfobia!
DIA DA VISIBILIDADE TRAVESTI/TRANS
Dia 29 de janeiro, às 14h, com concentração na Praça 7, ocorrerá a primeira Marcha da Visibilidade Travesti/Trans em Belo Horizonte! A caminhada será silenciosa, em demonstração de luto pelas vítimas de assassinatos, torturas, agressões físicas, suicídios e todos os outros tipos de transfobia, física ou simbólica, que ocorrem diariamente no Brasil. Não podemos fechar os olhos para um problema tão sério, que nega os direitos mais básicos do indivíduo e estabelece uma sociedade dividida, com cidadãs e cidadãos de segunda classe.
Apenas em 2015, o Brasil registrou o assassinato de 123 pessoas travestis e trans, ganhando o triste primeiro lugar no ranking da Transgender Europe, ONG que faz levantamentos de violação dos direitos humanos às travestis e pessoas trans. O Brasil continua mantendo essa posição, já que de janeiro até junho de 2016 foram computados 166 assassinatos na comunidade das pessoas transgêneras. Esse resultado é o pior para um primeiro semestre desde que a contagem começou a ser realizada, em 2008. Desde o início do levantamento até março de 2014 foram computadas 600 mortes de travestis e trans. Não importa o período que se analise, os números evidenciam muito mais que assassinatos isolados, mas sim uma verdadeira cultura transfóbica, alicerçada em bases conservadoras e machistas.
Não é à toa que o tema da Marcha é Em luto pelo direito de viver. Um grito silencioso como o silêncio que é feito por grande parte da população em relação a esses crimes. Uma chamada para quebrar com essa cultura de violência que atinge a todas e todos. A violência perpetuada contra travestis e trans alimenta a violência contra outras pessoas da comunidade LGBT, que alimenta a violência contra as mulheres, que alimenta a violência contra a comunidade negra e que alimenta a violência contra a população pobre. É um ciclo vicioso que gera mais violência e marginalização e que só é visibilizado quando atinge uma pequena parcela privilegiada da população. Enquanto ignorarmos a violência que é gerada nesse ciclo todos serão atingidos, mas o impacto sempre será maior na comunidade que é sempre mais marginalizada, ou seja, as travestis e trans.
É um problema que atinge a todos nós e assassina centenas de travestis e trans todos os anos. Por isso o apoio e as manifestações de repúdio por parte de todos é bem vindo. Não somente as travestis e trans, mas as pessoas cis, sejam lésbicas, gays, bissexuais, assexuais ou héteros, devem e podem participar da Marcha da Visibilidade Travesti e Trans: Em luto pelo direito de viver.
No dia da Marcha vai acontecer um encontro para pintar e escrever os cartazes. Para confeccionar uma quantidade grande, a marcha precisa de mais cartolinas, tinta guaxe e canetões. Qualquer contribuição para a organização da marcha é válida.
Vamos todas, todes, todxs e todos transformar esta realidade e dar um basta na transfobia!