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Considerações sobre o HIV

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  • Considerações sobre o HIV

    Sei que já ha alguns tópicos relacionados a isto no fórum, porem de repente posso trazer alguma informação diferente e estar sanando alguma duvida de algum forista. Apesar de haver outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), o HIV acaba sendo, de longe, o mais impactante, e a infecção realmente temida pelos foristas. Eu vou discorrer de algumas informações que aprendi sobre o tema, baseadas nos estudos científicos disponíveis.

    Começando aqui pela definição, HIV e a sigla em inglês que significa Human Immunodeficiency Viruses, em portugues fica VIH que e Virus da Imunodeficiência Humana. Este virus e classificado como retrovirus. E identificado que ha 2 tipos principais de HIV, que são o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 e o comum, esse e aquele do qual e importante pra todos, pois esta presente a nivel global, e tem alta infectabilidade. Ja o tipo 2 e mais restrito a Africa e tem baixa infectabilidade. Assim como o nome diz o HIV acaba destruindo o sistema imunológico, o enfraquecendo, e como consequência, uma vez que o individuo afetado pela infecção tem o sistema imunológico enfraquecido, ele fica muito mais vulnerável a varias doenças, principalmente doenças infecciosas e também principalmente canceres. O HIV ataca principalmente as celulas chamadas de linfocitos, especificamente os linfocitos chamados de T CD4+, que são justamente uma das células mais cruciais na reação imunológica do sistema imunológico. O HIV mexe com o DNA dessa célula pra fazer copias de si mesmo e se replicar, ou seja, se multiplicar. Apos se multiplicar o HIV rompe os linfocitos em busca de outros pra continuar a infecção. Ja a condição chamada de AIDS (Acquired Immunodeficiency Sindromy, ou em português SIDA: Sindrome da Imunodeficiencia Adquirida) e a consequência do alastramento do HIV no organismo, mas e importante dizer que ter HIV não e o mesmo que ter AIDS, apesar de um ser a consequência do outro. A AIDS se manifesta quando o sistema imunologico começa a ficar muito comprometido, como resultado de uma alta carga viral se alastrando pelo organismo ao longo do tempo, e como conseqüência sintomas fortes começam a aparecer, deixando o organismo do individuo muito enfraquecido e doentio. Se um infectado pelo HIV não tem sintomas importantes, com se quadro agravado, então ele não tem AIDS.

    Em relação a historia do HIV, se postula que tenha surgido duma variação do SIV, que e o vírus da imunodeficiência símia, ou seja, vírus de macacos, que ataca seus sistemas imunológicos. No caso do HIV tipo 1 se postula este ter surgido duma variação do SIV do chimpanzé, enquanto o HIV tipo 2 duma variação do SIV dum tipo de macaco chamado de mangabei. Estes primatas tem uma genética muito semelhante a do humano, e infelizmente e por esta razão que uma variação do SIV que infecta eles se adaptou pra infectar com eficiência o corpo humano. O HIV tem origem na África, sendo que a infecção é postulada a ter ocorrido por causa de caçadores africanos, que se infectaram com o sangue contaminado de alguns destes primatas que tinham essa variação do SIV que se adaptaria a infectar o organismo humano. O HIV e acreditado a ter aparecido em algum meado do século XX. Ao longo dos anos 60 e 70, com aparecimento de muitas migrações, incluindo também as guerras, infectados começaram a se deslocarem pra outros continentes, sendo que a Europa e muito acreditada a ter sido um dos primeiros continentes onde o HIV se espalhou. E nos anos 80 o HIV começou a ser espalhado pelos outros continentes. E partir daí a doença começou a ter notoriedade mundial.

    Agora sobre como ocorre a infecção pelo HIV, e sobre isso muitos já sabem da ocorrência pelo sangue e pelo sexo desprotegido, principalmente sexo anal, porem aqui gostaria de discorrer de forma mais técnica. O HIV e sabidamente transmissível através do sangue infectado de um individuo pro outro. Porem através do sexo, o HIV pode acabar conseguindo infectar um individuo, isto através de secreções que entrem em contato com mucosas sensíveis do individuo, que podem, de alguma forma acabar infectando o sangue, e assim gerando a infecção generalizada, sendo que essas mucosas sensíveis citadas são o reto (que compreende a porção final do intestino, chegando ao anus), a vagina e a glande do pênis. E importante dizer aqui que as secreções são uma razão importante pela qual a infecção pode ocorrer, pois são elas que acabam servindo de transporte pro vírus HIV. Porem ao mesmo tempo, e importante dizer que não são todas as secreções que irão ter o potencial de transmitir HIV. E aqui já e possível puxar um ponto de fundamental importância: o poder do vírus HIV, assim como qualquer outro vírus e mesmo outras infecções esta na carga, ou seja, esta na quantidade existente. Obviamente deve saber que quando se pega uma gripe, por exemplo, não se pega um vírus só, isto seria impossível. Da mesma forma quando se contrai HIV, não se contrai um vírus só. Se se contraísse um vírus só, isto não existiria, pois na hipótese de um vírus só entrar em contato com o organismo, o sistema imunológico simplesmente iria destruir rapidamente o vírus, antes dele conseguir se multiplicar e causar uma infecção definitiva, e com isto não aconteceria nada. Por isto se fala tanto em carga viral, principalmente em relação ao HIV, pois e a carga viral que ira causar a infecção. Quanto maior a carga viral maior tendera a ser o risco, quanto menor, menor será o risco. Não se e possível estabelecer um limiar da carga viral de HIV necessária pra infectar um dado individuo, porem se estima que devam ser inúmeros vírus, já que da pra dizer que, por exemplo, se apenas algumas dezenas de vírus HIV conseguirem entrar em contato com o sangue dum individuo, provavelmente o HIV não teria tempo de se multiplicar a ponto de gerar uma infecção definitiva, e o sistema imunológico deste individuo provavelmente seria capaz de destruir o HIV antes de se multiplicarem ao ponto critico, e, portanto, a infecção definitiva novamente não ocorreria. Sendo que esse limiar necessário pra infecção ocorrer de forma definitiva também depende do sistema imunológico de cada individuo e do tipo de variação do vírus presente na infecção. Na infecção definitiva que digo ocorre uma situação onde ao mesmo tempo que o sistema imunológico do individuo elimina uma parte dos vírus HIV, a outra parte se recompõem e continua a infecção, se alastrando, podendo chegar ao ponto de desbalancear essa relação, onde mais vírus são replicados do que destruídos pelo sistema imunológico, isto claro, sem o devido tratamento, e neste caso se teria a AIDS. Novamente voltando a questão das secreções, agora acredito que já é possível você entender porque nem todas as secreções irão levar a infecção definitiva pelo HIV. As principais secreções de risco pro HIV são as de sangue, de semen, secreção vaginal e leite materno, porem o sangue e de longe a de maior risco. Muitas varias secreções, como suor e saliva não tem a quantidade suficiente pra causar uma infecção definitiva, ou seja, não tem carga viral suficiente. E importante dizer que o sexo sempre apresenta uma baixa probabilidade de transmissão, comparado a transmissão pelo sangue diretamente. Assim, independente da via, um sexo desprotegido com alguém infectado ou mesmo uma transfusão de sangue infectada não é certeza da transmissão ocorrer. Existem sempre as probabilidades quando se coloca em risco. Baseado num estudo que vi, se classifica as probabilidades das quais irei citar agora. A probabilidade de infecção através do sexo vaginal e menor que do sexo anal, sendo que no sexo vaginal insertivo, que e o homem penentrando, o risco e de uns 0,04 %, enquanto o sexo anal receptivo, que e a mulher sendo penetrada, o risco e de uns 0,08 %, e no caso o risco de infecção e maior pra mulher justamente porque a área de mucosa da mulher e maior do que a do homem, que no caso e a glande. Pro sexo anal este risco aumenta, justamente porque no canal da mucosa do reto é altamente vascularizado e com grande capacidade de absorção, ao contrario da glande do pênis e da vagina, sendo que o risco pro sexo anal receptivo, que e aquele que e passivo e de uns 1% (se não me engano uns 1,2%), enquanto pro insertivo, que e aquele que e ativo, e de uns 0,3%, e a razão do receptivo ser mais risco e justamente a mesma explicada da vascularização e capacidade de absorção. Já pro sexo oral, existe uma questão polemica, pois não há evidencia sólida da transmissão por essa via, já que a saliva e hostil ao HIV, e acaba o eliminando, mesmo com ejaculação na boca. Porem não é impossível de acontecer a infecção por via oral, ainda que seja improvável, e o que tornaria possível a infecção por via oral poderia ser uma situação onde o individuo poderia ter alguma infecção presente, com alguma lesão na boca, agora com a boca totalmente integra, e improvável. Já pra quem recebe o sexo oral, acaba sendo ainda mais improvável, e uma situação possível seria, novamente, alguma pequena lesão. Aqui e importante dizer que as probabilidades citadas levam em conta uma situação onde o individuo não tenha alguma doença que possa levar a lesões, não tenha ferida, onde a mulher não esteja menstruada, pois no caso destas condições estarem presentes o risco aumenta. Nos probabilidades mostradas e importante ressaltar também que possíveis microlesões podem acontecer e nessas microlesões estão incluídas as probabilidades. E essas microlesões são fatores de risco, junto ás secreções. No caso do sexo anal e vaginal, o simples ato de encostar o pênis na região e improvável de gerar uma situação de risco, sendo que a situação de risco e gerada ao longo da penetração, já que é ai que as secreções acabam entrando em contato. Agora já a transmissão fora do sexo, diretamente pelo sangue é alta, sendo que pela transfusão de sangue contaminado o risco chega a uns 97%. Porem mesmo no caso da transfusão de sangue da pra ver que não e certeza, pois há variáveis que podem fazer com que a transmissão não ocorra. Não sei se se lembra da questão da carga viral, pois então, acredito que estas probabilidades levam em conta alguém com carga viral de media a alta ou sem tratamento. Pois alguém infectado pelo HIV com carga viral muito baixa não ira transmitir o HIV, ou seja, estas probabilidades não servem pra alguém com carga viral muito baixa. A pessoa com carga viral muito baixa e aquela que faz o tratamento correto com os coquetéis anti-retrovirais, estas são chamadas de indetectaveis, e não irão transmitir HIV por via sexual. Sendo que hipoteticamente poderiam ter o risco de transmitir apenas através dum sangramento extremamente intenso e continuo.


    Agora sobre métodos de prevenção, todos aqui devem saber a importância do preservativo, porem alguns ainda podem ter duvidas sobre a efetividade do preservativo. Em relação à impermeabilidade do preservativo, ou seja, a capacidade do preservativo de reter qualquer coisa estranha o atravessando, e considerado que o preservativo, estando integrado e preservado, e completamente impermeável a qualquer agente infeccioso transmissível por via sexual, e isso inclui claro o HIV. Isso quer dizer que se considera que o HIV não pode ser capaz de passar e atravessar o preservativo. O preservativo pode falhar se for usado errado, se tiver furo ou estourar, portanto, se deve se atentar a isso. Pois nesses casos, pode a vir a ocorrer alguma probabilidade de risco. Outro método de prevenção e o coquetel PREP (profilaxia pré-exposição), que se utiliza regularmente, pra que, caso ocorra um risco claro de infecção, o HIV seja impedido de triviar pelo organismo e infectar o individuo definitivamente. Há também o método de urgência que e o coquetel PEP (profilaxia pós-exposição), que se utiliza pra caso o individuo passe por uma situação de risco, ele consiga a tempo impedir a infecção definitiva pelo HIV, e nesse caso o individuo deve tomar o coquetel apenas se houver a exposição de risco, sendo este um coquetel de urgência, ao contrário da PREP, que deve ser tomada regularmente. Ambos os coquetéis usam formulas parecidas, na verdades formulas parecidas com aquelas usadas no tratamento de pessoas portadoras de HIV, porem eles tem alguns modos de operar no organismo diferentes, por isto são usados coquetéis diferentes pra PREP, PEP e pro tratamento de portadores de HIV. Uma coisa em comum e que todos agem dificultando a replicação do vírus, ou seja, a velocidade de replicação do vírus fica comprometida e diminui. No caso da PREP a ação e feita, pra que, caso acontecer, o medicamento esteja agindo pra que o organismo esteja preparado, caso a exposição ocorrer, já no caso da PEP a ação e feita, pra que caso ocorra, o medicamento comece a travar a ação do vírus HIV, impedindo este de triviar. Já no tratamento de portadores de HIV, a ação e feita com a finalidade de diminuir o maximo possível a carga viral, ou seja, impedir o máximo possível a replicação, já que e considerado improvável zerar a replicação, o que seria considerada a cura. Aqui e bom ressaltar que a cura do HIV não é considerada impossível, porem improvável. E aqui já se entra num assunto polemico, já que sempre se considera que o HIV, uma vez infectando definitivamente o organismo de alguém, não tem cura. Porem, pelo que sei, há casos raríssimos de pacientes que tiveram uma remissão tão grande da carga viral de HIV, que médicos e especialistas consideraram que o vírus já não estaria mais presente no corpo destas pessoas. Esta questão de cura envolve tratamentos complexos de transplantes e resistência ao vírus. Porem e importante não se atentar tanto a isso, pois envolve variáveis excepcionais. E importante sustentar em mente que uma vez infectado definitivamente, infectado por toda a vida. Volto aqui a falar sobre os coquetéis PREP e PEP, pois e visto que muitos não tem tanta essa informação. Tanto uma quanto outra pode ser encontrada em hospitais, clinicas, unidades de saúde e farmácias. Caso você queira obter gratuitamente pelo SUS e possível se informar sobre o local perto de sua região que forneça o coquetel, sendo que geralmente você vai encontrar num hospital geral, centro de testagem ou de DST, policlínica ou UBS (unidade básica de saúde). Em relação ao PREP, como já falado, este e um medicamento que precisa ser usado regularmente, quando se decide usar, enquanto o individuo sentir que sempre esta de alguma forma se expondo a riscos, e por esta razão a PREP não e pra todos, mas deve ser apenas pra aquelas pessoas que frequentemente se colocam em risco, saindo com muitas pessoas, e por vezes, tendo relações desprotegidas, e nesse ponto a PREP e muito considerada a ser ideal pra profissionais do sexo, principalmente claro, pras trans que fazem programa. Agora a PEP, como também já falado, já e um coquetel de urgência, e deve ser tomada o mais rápido possível, se você se envolver numa relação sexual realmente onde houve um claro risco, onde, por exemplo, não usou preservativo, ou o preservativo saiu do pênis, ou furou, rasgou ou estourou. Em relação ao PEP ainda, e recomendado no máximo até 72 horas após a exposição de risco, pois após isso a eficiência não e muito garantida.

    Bom, espero ter ajudado em algo algum forista.
    Last edited by thekat; 14-08-2023, 18:28.

  • #2
    Misericórdia

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    • #3
      Parabéns pelo texto!

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      • #4
        Caraleo! Maluco escreveu um research paper pro forum!!

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        • #5
          Pqp

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          • #6
            Uma dúvida, Se a pessoa é indetectável / intransmissível a mais de 6 meses e fizer um teste de farmácia vai detectar o virus?

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            • #7
              Estou assistindo uma série espetacular: The Lost of US . Recomendo.

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              • #8
                Postado originalmente por academia24 Ver Post
                Uma dúvida, Se a pessoa é indetectável / intransmissível a mais de 6 meses e fizer um teste de farmácia vai detectar o virus?

                Pelo que sei. Geralmente sim. Mas, não detectar o virus. Mas os anticorpos em resposta a presença do virus (detectar o virus so em lestes laboratoriais avançados). Uma pessoa indetectavel/ intransmissivel quase não vai ter hiv em estado ativo, e quase não sera encontrado no sangue, por isso não transmite, mas ainda vai ter alguns dna de hiv escondidos em certas celulas de defesa, num estado latente (e por isso não da pra dizer que ocorreu a cura, pois esses dna de hiv escondidos, se a pessoa deixar de fazer o tratamento, com o tempo acabarão por ter a capacidade de replicar novamente o hiv no corpo, porem se fosse descoberto um meio de destruir esses dna de hiv em estado latente, existiria a cura definitiva). Mas voltando a sua pergunta... Lembra que o indetectavel ainda vai ter vestigios do hiv em seu corpo? Então isso significa que os anti corpos de alguma forma sempre estarão ativados pro hiv. E lembra que eu disse geralmente sim, no "geralmente" aqui eu quero dizer que sim, pode haver alguns casos que o teste de farmacia vai acusar uma pessoa indetectavel como sendo não reagente. Mesmo a pessoa ainda tendo vestigios do hiv no organismo. Isso pode acontecer porque as vezes a pessoa indetectavel fica com uma carga viral tão minima e tão isolada, que a ação e a presença de anticorpos diminuem muito, a ponto de poder acontecer de alguns exames não conseguirem detectar. Mas claro não significa a cura. Ainda sobre os anticorpos, mesmo que aparecesse de repente uma forma de eliminar esses dna de virus latente e assim ter a cura, a ação dos anti corpos poderia levar um tempo pra desaparecer. Ou seja, nessa hipotese, mesmo havendo a cura, o teste poderia acusar falso positivo. E respondendo sua pergunta de forma objetiva, com 6 meses acredito que os anti corpos ainda não estarão em suas minimas contagens pra um portador de hiv (o que poderia acontecer de não ser identificado em certos testes se estivesse). E, portanto, os anti corpos, apesar de diminuidos, ainda estariam num limiar suficiente pros testes detectarem.

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