DESASTRE DE BRUMADINHO
Sem informações precisas, paciência de familiares se esgota: “A gente quer respostas!”
Angústia cresce com a falta de assistência neste momento delicado e reclamações sobre a Vale aumentam. Estresse subiu com alarme de que barragem poderia estourar
HELOÍSA MENDONÇA
Brumadinho 28 JAN 2019 - 02:11 CET
Moradores de Parque das Cachoeiras acompanha resgate. MAURO PIMENTEL AFP
A tensão dos familiares de desaparecidos em Brumadinho chegou a um ápice neste domingo dentro da Estação do Conhecimento, espaço da Vale usado para receber parentes e amigos de desaparecidos com o rompimento da mina do Feijão. Já se passavam pouco mais de 48 horas desde o colapso da barragem e a falta de informações sobre os mais de 300 desaparecidos cadastrados pela mineradora fez um grupo de mulheres perdeu a paciência. “A gente quer respostas!”, reclamava uma delas. “É tudo muito vago!”, se queixava outra sobre as informações desencontradas no espaço onde se encontram representantes da Defesa Civil. Mais enfática, outra apontava a indiferença como era tratada. “Eu não estou esperando o resultado de um concurso público não! Se o meu marido não tem valor para vocês, ele tem para mim! É meu esposo, pai da minha filha, filho da minha sogra! Ele é um simples funcionário de vocês, substituível, mas para mim ele não é”, gritava uma das mulheres de um desaparecido que trabalhava como terceirizado na Vale.
A sensação de impotência de familiares que estão em carne viva diante da incerteza sobre a vida e a morte de seus parentes foi agravada por um estresse quando o dia nem havia clareado. Uma sirene tocou às 5h30 em alerta aos moradores do bairro do Parque das Cachoeiras de que outra barragem próxima dali poderia estourar e eles precisariam deixar suas casas. O alarme de emergência foi acionado em toda a Região da Mina do Córrego do Feijão por conta do risco “iminente” do rompimento da barragem B6, após a Vale detectar um aumento do nível de água. Foi a primeira vez que a família de Rocha escutou a sirene, já que ele garante que ela não soou quando a barragem de Feijão rompeu na última sexta-feira, deixando ao menos 58 mortos e 305 pessoas desaparecidas...............................
https://brasil.elpais.com/brasil/201...iHPbU2xWRZhSBU
Sem informações precisas, paciência de familiares se esgota: “A gente quer respostas!”
Angústia cresce com a falta de assistência neste momento delicado e reclamações sobre a Vale aumentam. Estresse subiu com alarme de que barragem poderia estourar
HELOÍSA MENDONÇA
Brumadinho 28 JAN 2019 - 02:11 CET
Moradores de Parque das Cachoeiras acompanha resgate. MAURO PIMENTEL AFP
A tensão dos familiares de desaparecidos em Brumadinho chegou a um ápice neste domingo dentro da Estação do Conhecimento, espaço da Vale usado para receber parentes e amigos de desaparecidos com o rompimento da mina do Feijão. Já se passavam pouco mais de 48 horas desde o colapso da barragem e a falta de informações sobre os mais de 300 desaparecidos cadastrados pela mineradora fez um grupo de mulheres perdeu a paciência. “A gente quer respostas!”, reclamava uma delas. “É tudo muito vago!”, se queixava outra sobre as informações desencontradas no espaço onde se encontram representantes da Defesa Civil. Mais enfática, outra apontava a indiferença como era tratada. “Eu não estou esperando o resultado de um concurso público não! Se o meu marido não tem valor para vocês, ele tem para mim! É meu esposo, pai da minha filha, filho da minha sogra! Ele é um simples funcionário de vocês, substituível, mas para mim ele não é”, gritava uma das mulheres de um desaparecido que trabalhava como terceirizado na Vale.
A sensação de impotência de familiares que estão em carne viva diante da incerteza sobre a vida e a morte de seus parentes foi agravada por um estresse quando o dia nem havia clareado. Uma sirene tocou às 5h30 em alerta aos moradores do bairro do Parque das Cachoeiras de que outra barragem próxima dali poderia estourar e eles precisariam deixar suas casas. O alarme de emergência foi acionado em toda a Região da Mina do Córrego do Feijão por conta do risco “iminente” do rompimento da barragem B6, após a Vale detectar um aumento do nível de água. Foi a primeira vez que a família de Rocha escutou a sirene, já que ele garante que ela não soou quando a barragem de Feijão rompeu na última sexta-feira, deixando ao menos 58 mortos e 305 pessoas desaparecidas...............................
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