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Vou ser vem realista: nesse meio, todo mundo meio que conhece todo mundo. Se não sabe exatamente quem é, sabe de onde veio, para onde vão, a quem são ligadas. Raramente uma menina chega sozinha, do nada, até porque o risco de ser enxotada ou mesmo espancada é grande. Então sempre existe a "mãe", a madrinha que chama a travesti ou ela já é conhecida o suficiente para chegar no lugar com a cara e a coragem casa não exista cafetina. Muitos clientes conhece né são conhecidos também, nem que seja " a maricona velha do festa prata". Quem frequenta habitualmente geralmente conhece a dinâmica do local; se é cafetina do ou se tem " donas", quem são as bandidas. E tem mais, já reparei que na BF, onde passo a cada dois ou três anos, tem um carro com uma bicha velha e uns três caras que fica rodando e falando com as meninas ou seja, é a cafetina da área ou é dona da casa onde elas ficam ou ambas as coisas. Se esse tipo de coisa continua ocorrendo ano após ano, é porque tem muita gente conivente com isso. Quem perde com esse silêncio, seja por medo, por amizade ou indiferença, vai acabar prejudicando todo mundo . Isso dura até um governador ou prefeito conservador se incomodar com um crime e começar a reprimir os pontos. Até agora, nenhuma autoridade ligou porque há outros crimes mais interessantes do ponto de vista político e porque tlover roubado é que nem mulher de malandro, apanha e fica quietinho. Mas já vi pelo menos dois casos de extorquidoras que acabaram na cadeia. Não adianta mudar de cidade, se houver denuncia formal, a polícia civil vai buscar onde a ladra estiver. Portanto, isso só se perpetua porque ninguém vai na delegacia e dá queixa. Ou liga, manda um e-mail para o MP denunciando os crimes e as criminosas.
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