Ainda segue em segredo de justiça e investigação por parte da Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais os trabalhos em relação a elucidação do assassinato da querida e saudosa Mirella de Carlo, ou seja ainda não é o momento certo para pressionar com mais vigor, via imprensa, Poder Público, Sociedade Civil, etc. Deixando bem claro para todos: não caiu e não cairá no esquecimento. Estamos aguardando boletim da polícia sobre as investigações....
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in memoriam Mirella de Carlo
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Postado originalmente por Rafaeldotado25cm Ver PostDeixa o topico dela em paz seu doente
Galera, a moderação do fórum sacou que esse perfil Rafaeldotado25cm era um fake que estava denegrindo a imagem de garotas lista branca com a Grazy, Lavínia, Mirella, estava tumultuando tópicos, atacando os foristas, e baniram ele daqui do fórum. Já foi tarde! Portanto fiquem espertos, qualquer comentários suspeitos, ataques ou coisas do gênero em qualquer tópico, denunciem a moderação, e eles farão análise, como foi feito com esse perfil do rafaeldotado25cm. E agora vamos fuder e gozar com respeito e segurança , que é o melhor que tá tendo . Fica aqui o agradecimento a moderação do fórum!Last edited by bruttus; 10-03-2017, 14:13.
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Acho que até independentemente de ser fake: atacou desrespeitosamente qualquer forista, desrespeitou as regras do fórum, devia ser expulso sem misericórdia. Estão ficando muito tempo antes de serem banidos, acho que poderiam ser mais rigidos e não tolerar por longos e constrangedores embates.Last edited by minerin; 10-03-2017, 17:11.
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NO CARLOS PRATES (JORNAL O TEMPO, BH, MG, 16/03/2017)
(http://www.otempo.com.br/cidades/pro...m-bh-1.1448214)
Protesto cobra rigor na investigação da morte de travesti em BH
O ato, que será às 14h (Domingo, 19/03/2017) na praça Sete, também tem o intuito de trazer visibilidade às pessoas trans
Protesto cobra rigor na investigação da morte de travesti em BH Protesto cobra rigor na investigação da morte de travesti em BH
PUBLICADO EM 16/03/17 - 14h38
NATÁLIA OLIVEIRA
Na data em que completa um mês da morte da travesti Mirella de Carlo, 39, neste domingo (19), transexuais, transgêneros e travestis de Belo Horizonte vão realizar um ato para cobrar rigor na investigação da morte dela e de outras 24 trans somente neste ano no Brasil. O ato, que será às 14h na praça Sete, também tem o intuito de trazer
visibilidade às pessoas trans.
Mirela foi morta no dia 19 de fevereiro. Segundo a Polícia Militar ela foi sufocada com uma toalha de banho e sofreu agressões físicas no apartamento onde morava no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da capital. Uma amiga que mora com ela contou que achou Mirella triste, mas ela disse que estava tudo bem.
A amiga saiu para uma festa e quando chegou em casa, achou que Mirella estava dormindo já que a porta estava fechada. Quase sete horas depois ela estranhou o fato da trans não ter saído do quarto e quando entrou viu a vítima com uma toalha enrolada no pescoço.
O namorado da vítima disse que conversou com ela pelo telefone na noite do crime e que ela desligou o telefone dizendo que atenderia a porta. Não havia sinais de arrombamento na casa.
A família de Mirella que mora em Aracaju, Recife, reclama da demora da polícia na apuração e da falta de informações aos familiares, eles suspeitam que o ex-companheiro dela tenha cometido o crime.
“Ele já estava ameaçando ela há algum tempo e ela já tinha até pensando em voltar para Recife. O problema é que estamos muito longe e não temos como acompanhar as investigações mais de perto”, afirma Valdeci Santos, 44, irmã da vítima.
Segundo ela, o ato em Belo Horizonte será muito importante para cobrar respostas da polícia sobre o caso. “A Mirella era muito querida por todos e muito conhecida. Como nós não podemos estar em Belo Horizonte a gente conta com a ajuda de ativistas dai para essas cobranças”, diz Valdeci.
Além de cobrar respostas para a morte de Mirella, o ato também busca trazer visibilidade para as pessoas trans. “Nós queremos dar um grito para mostrar que essas pessoas existem. E mostrar também que está ocorrendo um genocídio de pessoas trans. Não queremos só resolver esse caso da Mirella, mas causar uma sensibilização para a causa”, explica Rhany Mercês, mulher transexual, ativista e diretora do Cellos (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual em Minas Gerais).
Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que o caso da Mirella ainda passa por investigações e que diligências estão sendo realizadas e testemunhas já foram ouvidas, mais informações não serão repassadas para não atrapalhar as investigações.
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AMANTES DE TGATAS TAMBÉM ESTÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR DA MANIFESTAÇÃO....
NO CARLOS PRATES (JORNAL O TEMPO, BH, MG, 16/03/2017)
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Protesto cobra rigor na investigação da morte de travesti em BH
O ato, que será às 14h (Domingo, 19/03/2017) na praça Sete, também tem o intuito de trazer visibilidade às pessoas trans
PUBLICADO EM 16/03/17 - 14h38
NATÁLIA OLIVEIRA
Na data em que completa um mês da morte da travesti Mirella de Carlo, 39, neste domingo (19), transexuais, transgêneros e travestis de Belo Horizonte vão realizar um ato para cobrar rigor na investigação da morte dela e de outras 24 trans somente neste ano no Brasil. O ato, que será às 14h na praça Sete, também tem o intuito de trazer
visibilidade às pessoas trans.
Mirela foi morta no dia 19 de fevereiro. Segundo a Polícia Militar ela foi sufocada com uma toalha de banho e sofreu agressões físicas no apartamento onde morava no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da capital. Uma amiga que mora com ela contou que achou Mirella triste, mas ela disse que estava tudo bem.
A amiga saiu para uma festa e quando chegou em casa, achou que Mirella estava dormindo já que a porta estava fechada. Quase sete horas depois ela estranhou o fato da trans não ter saído do quarto e quando entrou viu a vítima com uma toalha enrolada no pescoço.
O namorado da vítima disse que conversou com ela pelo telefone na noite do crime e que ela desligou o telefone dizendo que atenderia a porta. Não havia sinais de arrombamento na casa.
A família de Mirella que mora em Aracaju, Recife, reclama da demora da polícia na apuração e da falta de informações aos familiares, eles suspeitam que o ex-companheiro dela tenha cometido o crime.
“Ele já estava ameaçando ela há algum tempo e ela já tinha até pensando em voltar para Recife. O problema é que estamos muito longe e não temos como acompanhar as investigações mais de perto”, afirma Valdeci Santos, 44, irmã da vítima.
Segundo ela, o ato em Belo Horizonte será muito importante para cobrar respostas da polícia sobre o caso. “A Mirella era muito querida por todos e muito conhecida. Como nós não podemos estar em Belo Horizonte a gente conta com a ajuda de ativistas dai para essas cobranças”, diz Valdeci.
Além de cobrar respostas para a morte de Mirella, o ato também busca trazer visibilidade para as pessoas trans. “Nós queremos dar um grito para mostrar que essas pessoas existem. E mostrar também que está ocorrendo um genocídio de pessoas trans. Não queremos só resolver esse caso da Mirella, mas causar uma sensibilização para a causa”, explica Rhany Mercês, mulher transexual, ativista e diretora do Cellos (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual em Minas Gerais).
Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que o caso da Mirella ainda passa por investigações e que diligências estão sendo realizadas e testemunhas já foram ouvidas, mais informações não serão repassadas para não atrapalhar as investigações.
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Postado originalmente por JACKBOY Ver PostAMANTES DE TGATAS TAMBÉM ESTÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR DA MANIFESTAÇÃO....
NO CARLOS PRATES (JORNAL O TEMPO, BH, MG, 16/03/2017)
(http://www.otempo.com.br/cidades/pro...m-bh-1.1448214)
Protesto cobra rigor na investigação da morte de travesti em BH
O ato, que será às 14h (Domingo, 19/03/2017) na praça Sete, também tem o intuito de trazer visibilidade às pessoas trans
PUBLICADO EM 16/03/17 - 14h38
NATÁLIA OLIVEIRA
Na data em que completa um mês da morte da travesti Mirella de Carlo, 39, neste domingo (19), transexuais, transgêneros e travestis de Belo Horizonte vão realizar um ato para cobrar rigor na investigação da morte dela e de outras 24 trans somente neste ano no Brasil. O ato, que será às 14h na praça Sete, também tem o intuito de trazer
visibilidade às pessoas trans.
Mirela foi morta no dia 19 de fevereiro. Segundo a Polícia Militar ela foi sufocada com uma toalha de banho e sofreu agressões físicas no apartamento onde morava no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da capital. Uma amiga que mora com ela contou que achou Mirella triste, mas ela disse que estava tudo bem.
A amiga saiu para uma festa e quando chegou em casa, achou que Mirella estava dormindo já que a porta estava fechada. Quase sete horas depois ela estranhou o fato da trans não ter saído do quarto e quando entrou viu a vítima com uma toalha enrolada no pescoço.
O namorado da vítima disse que conversou com ela pelo telefone na noite do crime e que ela desligou o telefone dizendo que atenderia a porta. Não havia sinais de arrombamento na casa.
A família de Mirella que mora em Aracaju, Recife, reclama da demora da polícia na apuração e da falta de informações aos familiares, eles suspeitam que o ex-companheiro dela tenha cometido o crime.
“Ele já estava ameaçando ela há algum tempo e ela já tinha até pensando em voltar para Recife. O problema é que estamos muito longe e não temos como acompanhar as investigações mais de perto”, afirma Valdeci Santos, 44, irmã da vítima.
Segundo ela, o ato em Belo Horizonte será muito importante para cobrar respostas da polícia sobre o caso. “A Mirella era muito querida por todos e muito conhecida. Como nós não podemos estar em Belo Horizonte a gente conta com a ajuda de ativistas dai para essas cobranças”, diz Valdeci.
Além de cobrar respostas para a morte de Mirella, o ato também busca trazer visibilidade para as pessoas trans. “Nós queremos dar um grito para mostrar que essas pessoas existem. E mostrar também que está ocorrendo um genocídio de pessoas trans. Não queremos só resolver esse caso da Mirella, mas causar uma sensibilização para a causa”, explica Rhany Mercês, mulher transexual, ativista e diretora do Cellos (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual em Minas Gerais).
Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que o caso da Mirella ainda passa por investigações e que diligências estão sendo realizadas e testemunhas já foram ouvidas, mais informações não serão repassadas para não atrapalhar as investigações.
1 mês fez hoje perdi minha amiga que tristeza.
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Amigos de travesti assassinada em BH cobram Justiça um mês após o crime
(http://g1.globo.com/minas-gerais/not...-o-crime.ghtml)
Mirella de Carlo foi encontrada morta com um pano enrolado no pescoço, além de sinais de agressão. De acordo com a rede Trans Brasil, 30 travestis e transexuais foram assassinadas este ano no país.
Por Thais Pimentel, G1 MG, Belo Horizonte
19/03/2017 16h03 Atualizado há 19 horas
Mirella de Carlo foi assassinada no dia 19 de março em Belo Horizonte. (Foto: Facebook/Arquivo pessoal) Mirella de Carlo foi assassinada no dia 19 de março em Belo Horizonte. (Foto: Facebook/Arquivo pessoal)
Mirella de Carlo, de 39 anos, prostituta, natural de Aracaju, se preparava para voltar a estudar. Ela estava matriculada nas aulas de inglês e pré-Enem, ministradas pela ONG Transvest, que promove cursos para travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade na capital mineira. Porém, ela foi assassinada no dia 19 de fevereiro, três semanas antes do início das aulas.
Neste domingo (19), amigos da vítima fizeram uma manifestação no centro de Belo Horizonte para cobrar Justiça. Um mês após sua morte, o crime ainda não foi solucionado.
“Ela era uma pessoa admirável, inspiradora”, contou a amiga Aysha. Foi ela quem encontrou Mirella morta, em cima de uma cama, com um pano amarrado no pescoço, além de vários sinais de agressão. O assassinato aconteceu dentro do apartamento em que as duas moravam, no bairro Carlos Prates, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Um mês após a morte da travesti Mirella de Carlo em BH, manifestantes pedem Justiça em protesto no centro da cidade.
(Foto: Lucas Ávila/Divulgação) Um mês após a morte da travesti Mirella de Carlo em BH, manifestantes pedem Justiça em prostesto no centro da cidade.
Um mês após a morte da travesti Mirella de Carlo em BH, manifestantes pedem Justiça em prostesto no centro da cidade. (Foto: Lucas Ávila/Divulgação)
Para a travesti e vice-presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos-MG), Anyky Lima, o preconceito dificulta a apuração de muitos crimes contra transexuais e transgêneros e a punição dos culpados. “Se a travesti fosse a culpada já estaria presa. É muito fácil prender LGBT, mas resolver os casos de agressão e mortes com requinte de crueldade contra a população dificilmente se descobre. E quando descobre, o assassino fica sem punição”, disse.
Segundo a Polícia Civil, diligências sobre o caso estão sendo feitas e várias testemunhas já foram ouvidas. Os detalhes dos depoimentos não foram divulgados porque, segundo a corporação, podem atrapalhar as investigações.
De acordo com a Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (Rede Trans Brasil), até este domingo (19), 30 travestis e transexuais foram assassinadas este ano no país.
“É muito difícil. Mas a gente está aqui. Lutando para que as vítimas não sejam esquecidas. Ainda somos culpadas de nossa própria morte. Sempre encontrão uma desculpa para dizer que travestis e transexuais são culpadas da própria morte”, disse Anyky.
Ativistas protestam contra a transfobia em Belo Horizonte. (Foto: Lucas Ávila/Divulgação)
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CENTRO DE BH
(http://www.otempo.com.br/cidades/gru...icos-1.1449428)
Grupo protesta por agilidade nas investigações de crimes transfóbicos
Amparado por ONGs e associações voltadas à cidadania LGBT, o grupo ocupa um dos quarteirões fechados da Praça Sete com cartazes e faixas
PROTESTO BH
Ato acontece exatamente um mês após a morte da travesti Mirella de Carlo, cruelmente estrangulada e assassinada no bairro Carlos Prates
PUBLICADO EM 19/03/17 - 15h40
DA REDAÇÃO
Cerca de 50 pessoas participam, na tarde deste domingo (19), na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte, de um protesto para cobrar agilidade nas investigações e denunciar os crimes transfóbicos que têm ocorrido no país.
O ato acontece exatamente um mês após a morte da travesti Mirella de Carlo, cruelmente estrangulada e assassinada no bairro Carlos Prates, na região noroeste da cidade, em seu próprio apartamento. Segundo a família da vítima, que mora em Aracaju, a polícia não tem dado a devida importância ao caso e não informa o seguimento das investigações.
Amparado por ONGs e associações voltadas à cidadania LGBT, o grupo ocupa um dos quarteirões fechados da Praça Sete com cartazes e faixas com dizeres contra a transfobia, reivindicação de direitos sociais e por uma ágil e eficaz apuração dos crimes pela polícia. O grupo fará um minuto de silêncio não só em memória à travesti Mirella de Carlo, mas também a Dandara, Jennifer, Sandra, Rubi, Lorrane, Michelle, Camila e tantas outras que foram assassinadas neste ano.
Transfobia
No país onde os crimes transfóbicos sequer são contabilizados ou identificados no Boletim de Ocorrência, diversas travestis e transexuais são assassinadas, todos os anos, com requintes de crueldade.
Recentemente, o caso da travesti Dandara, apedrejada, morta e filmada pelos próprios assassinos no Ceará, escancarou a transfobia brasileira para o mundo. Levantamento feito pela ONG europeia Transgender Europe (TGEU), com base em relatos e notícias em veículos de comunicação, o Brasil é considerado o país que mais mata travestis e transexuais. Entre 2008 e 2014, 604 pessoas trans foram assassinadas. Em 2015, o país respondeu por 42% dos 295 casos de assassinatos no mundo. Só neste ano, já há registros de óbitos de 25 pessoas.
Pesquisa feita pelo doutor em psicologia social Pedro Sammarco, publicada no livro: “Travestis Envelhecem?”, de 2013, a expectativa de vida média de uma travesti ou mulher trans é de 35 anos, enquanto a média brasileira é de 73.
Apesar de avanços sociais recentes, como a conquista do direito ao uso do nome social nas esferas municipal, estadual e federal, a população trans ainda tem direitos básicos negados: a demorada retificação judicial do nome e do gênero; a falta de profissionais de saúde qualificados para atender este público em hospitais e postos de saúde; a falta de formação de professores e escolas quanto às diversas identidades sociais; o despreparo da polícia na abordagem; a negação do uso do banheiro conforme o gênero adequado, exclusão da família, entre outros.
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Um mês depois da morte da travesti Mirella, protesto pede o fim da transfobia
Dados divulgados pela ONG Transgender Europe (2016) apontam que o Brasil ocupa o 1º lugar em crimes por transfobia no mundo
(http://www.em.com.br/app/noticia/ger...ansfobia.shtml)
postado em 19/03/2017 18:34 / atualizado em 19/03/2017 19:20
Larissa Ricci
Com bandeiras azul, branca e rosa, o grupo ocupou um dos quarteirões fechados e reivindicou os direitos sociais e a agilidade na apuração dos crimes (foto: Anyky Lima/ divulgação)
O assassinato da travesti Mirella de Carlo, de 39 anos, no Bairro Carlos Prates, Região Noroeste de Belo Horizonte, completou um mês neste domingo e foi marcado pelo protesto de mais de 50 ativistas das causas LGBT+ na Praça Sete, no Centro de BH, para cobrar das autoridades respostas sobre o assassinato.
Saiba mais
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No país dos crimes transfóbicos, travestis e transexuais lutam por visibilidade
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Dandara não tinha medo de ser mulher
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“Ontem foi a Mirella, mas amanhã poderá ser eu a vítima de um crime bárbaro como este. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais de todo o mundo e estamos aqui para mostrar que lutamos. Todo mundo tem o direito de viver e as pessoas precisam entender que nós somos seres humanos como qualquer outro”, afirmou Anyky Lima, de 61, vice-presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos).
Ela pontua que os crimes de caráter transfóbico são cruéis e a investigação da polícia é lenta: “São assassinatos bárbaros. Assim como ocorreu com a Dandara, que, inclusive, foi filmada durante a agressão, os casos se tornam banais para a sociedade. Ninguém se mexe... Além do mais, se o crime tivesse sido cometido por uma travesti, ela estaria presa. Nós (travestis e transexuais) somos uma carne barata para o mundo”, disse.
"Brasil: pura hipocrisia! O país que mais acessa conteúdo pornográfico de pessoas trans é o que mais mata travestis e transexuais no mundo", diz cartaz de uma das militantes (foto: Anyky Lima/ divulgação )
O crime ocorreu em 19 de fevereiro. No boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM) consta que Mirella, garota de programa e defensora dos direitos de pessoas trans, foi sufocada com uma toalha de banho dentro do quarto, no apartamento onde morava, no Bairro Carlos Prates. Além do esganamento, o corpo da vítima apresentava marcas de agressão física. Uma amiga que dividia o apartamento com ela relatou à PM que na noite anterior ao crime saiu para uma festa por volta de 1h e achou Mirella com um semblante triste.
Segundo a corporação, em resposta à amiga, ela assegurou que estava tudo bem, disse apenas que se sentia cansada e que iria dormir e descansar. No dia seguinte, a mulher chegou em casa pela manhã e viu a porta do quarto fechada. Quando entrou no cômodo, achou que Mirella ainda estava dormindo. Depois de sete horas fechada no quarto, sem fazer barulhos, a testemunha estranhou e resolveu checar se a companheira de apartamento estava bem. Ao abrir a porta, viu a travesti morta com uma toalha enrolada no pescoço.
Dados divulgados pela ONG Transgender Europe (2016) apontam que o Brasil ocupa o 1º lugar em crimes por transfobia no mundo. Em Belo Horizonte, 96,4% dessa população já sofreu algum tipo de violência física, 74,5% suportou ameaças e 46,8% foi estuprada. São os números mais recentes da pesquisa “Direitos e violência na experiência de travestis e transexuais na cidade de Belo Horizonte: Construção de um perfil social em diálogo com a população”, do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os dados foram tabulados em 2015.
Protesto em Fortaleza
Ato cultural em Fortaleza relembrou o caso Dandara e pediu o fim da transfobia no fim de semana. Música, cinema, dança e performances marcaram a programação do Centro Cultural Bom Jardim no sábado em homenagem a Dandara dos Santos, travesti que foi torturada e morta em Fortaleza. Intitulado Dandaras Vivem, o evento chamou a atenção para a brutalidade do caso, ocorrido em 15 de fevereiro e reivindicou o fim da LGBTfobia.
O assassinato de Dandara ganhou repercussão internacional depois que o vídeo com a sequência da tortura a que foi submetida circulou nas redes sociais. Ela foi espancada, colocada em um carrinho de mão e morta com disparos de arma de fogo. Oito pessoas foram detidas acusadas de participar do crime, sendo quatro adultos e quatro adolescentes.
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